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Você já pensou em ter um filho e construir sua família sozinha? Essa é uma realidade para muitas mulheres no Brasil.

Segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, mais de 10 milhões de casas são chefiadas por mães que moram apenas com seus filhos, um número quase seis vezes maior do que o de pais solo.

O termo “mãe solo” aplica-se aos casos de não participação do homem quanto à responsabilidade afetiva ou financeira com o filho. Seja por escolha, circunstância ou pela vontade de seguir o próprio caminho, a gravidez independente é uma decisão transformadora e cada vez mais comum.

Aqui, você encontrará as informações que precisa para tornar esse sonho possível, de maneira segura, planejada e com apoio especializado.

A Gravidez Monoparental

Optar pela maternidade solo é um ato de coragem e empoderamento. É a oportunidade de realizar o desejo de ter um filho sem depender de um parceiro. Mas, como toda grande decisão, é essencial refletir sobre suas motivações e se preparar emocional e estruturalmente.

Você quer ser mãe porque esse é o seu desejo ou sente que está cedendo à pressão do relógio biológico ou da sociedade? Essa é uma conversa importante, e ter clareza sobre o que você quer será fundamental para tomar a melhor decisão, seja para levar adiante a gravidez monoparental agora ou para congelar seus óvulos e planejar a maternidade no futuro.

No consultório de um especialista em reprodução humana assistida, você poderá avaliar suas opções, esclarecer dúvidas e tomar a melhor decisão, a mais condizente com a sua vida.

“Ser mãe solo é um ato de amor e coragem. Essa jornada começa com uma decisão transformadora, que merece planejamento, apoio e toda a segurança que a ciência pode oferecer”.

Passo a passo da Produção Independente

Tornar-se uma mãe solo é uma grande decisão e você deve pensar de forma bastante criteriosa sobre o assunto. Você vai ser envolvida por uma onda enorme de emoções e pensamentos, por isso é importante trazer clareza para essa parte do processo. Pense em questões como:

  • Estou fazendo isso porque quero realmente ser mãe ou porque estou me sentindo pressionada pelo relógio biológico?
  • Me sinto tranquila em priorizar outra vida que não a minha pelos próximos anos?
  • Estou pronta para a responsabilidade emocional de educar uma criança sozinha? Educar não é fácil, criança não vem com manual, e estar sozinha nos momentos de conflito pode ser desafiador
  • Tenho estrutura financeira para ter um filho sozinha? Planejar-se é um ponto muito importante
  • Tenho rede de apoio de família e amigos? Fundamental!!! Essa é uma parte muito importante do processo decisório. Contar com o apoio de pessoas na sua rede que possam preencher algumas lacunas deixadas na maternidade solo pode fazer toda a diferença. Não precisa ser uma pessoa ocupando todas essas lacunas, mas sim algumas pessoas queridas que possam auxiliá-la cada uma da forma que pode

Mas há também o lado bom dessa maternidade solo. Poder realizar o sonho da maternidade agora, no seu tempo, sem depender de outra pessoa, viver com leveza sem a preocupação e peso de ter que encontrar logo um parceiro para ser pai, educar seu filho sem grande interferência são pontos muito importantes. Ter filho é um ato lindo de amor e entrega.

Uma vez ponderando e tendo clareza sobre sua decisão, o próximo passo é buscar ajuda médica.

Nessa primeira consulta com o médico de Reprodução Assistida, você vai entender sobre os possíveis tratamentos para você.

Na minha consulta, inicio com uma história clínica completa, exame físico e ultrassonografia transvaginal para avaliação da sua reserva ovariana.

Explico então sobre os possíveis tratamentos para a produção independente:

  • A amostra de sêmen de doador que você escolheu é colocada diretamente no útero no período mais fértil, perto da ovulação, após estimulação ovariana leve ou mesmo em ciclo sem estimulação
  • As taxas de sucesso não são altas, não ultrapassando 20-30%, uma vez que todas as etapas do processo reprodutivo ainda devem acontecer dentro da pelve da mulher, sem que possamos monitorizar
  • Tratamento de custo inferior
  • Você recebe hormônios para estimular seus ovários e assim obtermos diversos óvulos para serem fertilizados pelos espermatozoides do sêmen do doador. Os óvulos são fertilizados em laboratório, e podemos ter embriões para mais de uma transferência. Podemos realizar biópsia e testar os embriões para doenças cromossômicas
  • As taxas de sucesso são as mais altas, podem chegar a 60% a depender da sua idade. Isso porque temos o controle das etapas reprodutivas e também porque geralmente conseguimos um bom número de óvulos
  • Tratamento de custo mais elevado

A indicação de qual tipo de tratamento seguiremos dependerá de fatores da história clínica, de exames laboratoriais e de imagem, da sua intenção de investimento financeiro e, principalmente, da sua idade.

Após alinharmos uma estratégia de tratamento, você irá em busca do sêmen de doador. Os bancos de sêmen parceiros serão acessados de forma on-line, e lá você poderá selecionar doadores com base em características como genética, aparência, histórico familiar e até hobbies. O objetivo é garantir não só a compatibilidade genética, mas também segurança e qualidade no processo.

Você pode optar por sêmen de doadores brasileiros ou importar de bancos internacionais. A importação é legal e autorizada pela Anvisa, com trâmites rápidos e confiáveis.

Após a chegada do sêmen no nosso laboratório, podemos dar início ao tratamento escolhido, seja ele IIU ou FIV.

Agora você estará perto do seu sonho da maternidade.

Dúvidas sobre a Produção independente

1. Posso registrar meu filho como mãe solo?

Sim! Desde 2015, as mães podem registrar seus filhos sozinhas nos cartórios. A autorização está prevista na Lei N° 13.112/2015. Conforme o texto, cabe ao pai ou à mãe, sozinhos ou juntos, o dever de fazer o registro no prazo de 15 a 60 dias do nascimento. Antes da publicação da lei, era exclusiva do pai a iniciativa de registrar o filho nos primeiros 15 dias desde o nascimento. Apenas se houvesse omissão ou impedimento do genitor, é que a mãe poderia assumir seu lugar.

2. Por que o termo “mãe solo” é preferido a “mãe solteira”?

“Mãe solo” reflete a responsabilidade de criar um filho sozinha, independentemente do estado civil, deixando para trás estigmas associados ao termo “mãe solteira”.

3. Quem pode recorrer a um banco de sêmen?

Casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras com o desejo da maternidade solo representam boa parte da procura pelo banco de sêmen. Além desses grupos, temos também os homens que apresentam quadro de azoospermia (ausência de espermatozoide na ejaculação).

4. Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a busca por bancos de sêmen internacional é cada vez maior, com crescimento de 2500% entre 2011 e 2016. Por que esse fenômeno está acontecendo?

A grande justificativa para o crescimento na busca por bancos internacionais está na quantidade de informações que eles oferecem quanto ao doador, tais como características mais detalhadas (incluindo graduação, profissão, interesses) e testes genéticos mais aprofundados. Alguns bancos oferecem inclusive foto do doador quando criança. Os bancos brasileiros são mais restritos em relação a informações.

Como eu posso te ajudar?

A produção independente é uma escolha poderosa e transformadora. Com as técnicas de reprodução assistida, você pode realizar o sonho da maternidade com segurança e planejamento. Mas você precisará de ajuda, ser guiada nessa jornada. Eu e minha equipe estaremos aqui para ajudá-la em cada etapa e tornar esse processo mais leve para você.

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