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Falha na fertilização in vitro

Falha na fertilização in vitro: saiba mais

A falha da fertilização in vitro é esperada. Em muitos  casos, inclusive, esperamos mais a falha do que o sucesso em um primeiro tratamento. A taxa de nascido vivo geral da FIV no mundo gira em torno de 30%-40%.

A primeira causa, a mais importante, de falha da fertilização é a qualidade do embrião. Usamos atualmente dois principais critérios para classificar o embrião. O critério morfológico, o mais comum, feito em todos os casos. 

O embriologista vai classificar aquele embrião de acordo com o estágio em que ele está e a simetria. Dizer que um embrião é morfologicamente bom não significa que ele é normal geneticamente, que ele terá a competência de implantar. A taxa de implantação por embrião não passa de 30-40%. 

Outra forma de avaliar esse embrião é fazendo o teste genético pré-implantacional para aneuploidia, o PGT-SA.  Ele vai ver se esse embrião é cromossomicamente normal, mas mesmo um embrião euploide, cromossomicamente normal, tem taxa de implantação de no máximo 50-60%. 

Além do embrião, temos também que olhar para o útero nos casos de falha de FIV.  Para que a gravidez aconteça tem que haver uma conversa desse endométrio com o embrião, esse endométrio tem que estar receptivo, e alguns fatores podem prejudicar essa conversa. 

Pode haver algum problema anatômico nesse útero, como um pólipo, um mioma, um septo, uma sinéquia, aderência nessa cavidade do endométrio. Pode haver um processo infeccioso, uma endometrite que não permite a implantação. Pode haver um distúrbio imunológico, e esse diagnóstico é bastante difícil porque os estudos ainda são muito controversos sobre o assunto. 

A janela de implantação pode não estar adequada e ela depende principalmente dos dias de progesterona atuando no endométrio. 

Fatores sistêmicos como distúrbios hormonais da tireoide também podem impactar negativamente, e trombofilias, talvez também possam atrapalhar a implantação. 

Se há suspeita de algo atrapalhando, uma investigação direcionada também pode ser feita. Se a resposta ovariana foi aquém do esperado, mudamos o protocolo. 

Sempre que há um negativo, refletimos sobre todo o processo e tentamos mudar pontos não tão satisfatórios em uma segunda tentativa. Os ajustes são sempre necessários. Se há suspeita de algo atrapalhando, uma investigação direcionada também pode ser feita. 

Se a resposta ovariana foi aquém do esperado, mudamos o protocolo. Enfim, temos sempre que pensar de forma individualizada e sistematizada para então chegar no positivo.

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