Skip to main content
Risco de malformação do bebê aumenta com a FIV?

Risco de malformação do bebê aumenta com a FIV?

Uma preocupação comum dos casais que vão se submeter ao tratamento de fertilização in vitro (FIV) é se esse tratamento aumenta o risco de malformação do bebê. A resposta não se limita a um SIM ou um NÃO, e vou te explicar o porquê.

As malformações congênitas são alterações que ocorrem no desenvolvimento fetal, podendo ter causas genéticas, ambientais ou desconhecidas. Acontecem normalmente em torno de 3-4% dos recém-nascidos.

Diversos estudos foram publicados a respeito do risco de malformação em nascidos de FIV e, apesar de não ser uma conclusão unânime entre eles, a maior parte mostra um pequeno aumento do risco de malformações.

Malformação do bebê

Podemos dizer que as malformações acontecem em 4-5% da população que fez FIV.

Nos trabalhos, casais que realizaram ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) foram o principal grupo com risco de malformações. Um dos possíveis fatores para isso pode ser emprego da ICSI em casos de fator masculino grave, com contagem muita baixa de espermatozoides, podendo haver maior risco de alterações cromossômicas nesses espermatozoides.

Então devo concluir que o tratamento de FIV é responsável pelo aumento de malformação dos bebês, correto?

Não é bem assim! Pode ser que a FIV tenha uma certa contribuição, principalmente nos casos de ICSI, mas os estudos mostraram que o risco pode estar relacionado às características da população que se submete à FIV. Casais que têm infertilidade têm uma chance maior do que a população fértil de ter malformações. O fator que levou à infertilidade, por exemplo, pode estar relacionado às malformações. Engravidando por FIV ou naturalmente esse risco é aumentado.

E engana-se quem pensa que a biópsia de embrião para diagnóstico genético pré-implantacional vai evitar por completo as malformações. Esse exame vai evitar doenças numéricas dos cromossomos, como a Síndrome de Down, ou doenças específicas da família, mas uma grande parte das malformações congênitas não está relacionada a essas alterações detectáveis.

Quer agendar
a sua consulta?