Skip to main content

Câncer de Mama: Quem teve câncer pode engravidar?

Sim, é possível engravidar após o diagnóstico de câncer de mama. Conheça as possibilidades que o congelamento de óvulos oferece!

O câncer de mama é uma grande preocupação de saúde da mulher em todo o mundo, afetando milhões de mulheres a cada ano. A conscientização sobre essa doença é crucial, não apenas para uma detecção precoce e tratamento eficaz, mas também para abordar questões complexas relacionadas à fertilidade feminina, que podem surgir em sua esteira. 

Neste texto, vamos abordar os sintomas do câncer de mama, destacando a importância de reconhecê-los prontamente. Iremos também discutir uma preocupação que frequentemente aflige as mulheres diagnosticadas com câncer de mama: a possibilidade de engravidar. É fundamental compreender essa questão, considerando tanto os desafios quanto as opções disponíveis para aquelas que desejam iniciar ou expandir suas famílias após o diagnóstico de câncer de mama. Através deste texto, buscamos fornecer informações valiosas para ajudar as mulheres a tomar decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva.

Sumário:

  • Quais são os principais sintomas do câncer de mama? 
  • Quem teve câncer pode engravidar?
  • Qual a possibilidade de engravidar após o diagnóstico de câncer de mama?
  • Como uma especialista em congelamento de óvulos pode auxiliar pacientes oncológicos? 
  • Conclusão

agendar consulta

Quais são os principais Sintomas do Câncer de Mama?

Os principais sintomas do câncer de mama podem variar de mulher para mulher, mas alguns sinais comuns a serem observados incluem:

Nódulo ou massa no seio

Um dos sintomas mais comuns é a presença de um nódulo ou massa que pode ser palpada no seio. Essa protuberância geralmente é indolor, mas pode causar desconforto em alguns casos.

Alterações na pele

Mudanças na pele da mama, como retração, enrugamento, vermelhidão ou descamação, podem ser indicativos de câncer de mama.

Alterações no mamilo

O câncer de mama pode causar alterações no mamilo, como inversão (quando o mamilo se volta para dentro), secreção mamária anormal (que pode ser sanguinolenta), ou uma crosta persistente ao redor do mamilo.

Dor na mama

Embora a dor na mama seja mais frequentemente associada a condições benignas, o câncer de mama também pode causar desconforto ou dor na mama afetada.

Mudanças no tamanho ou formato da mama

O câncer de mama pode fazer com que uma mama fique maior ou mais inchada do que a outra, ou pode causar uma mudança perceptível na forma da mama.

Gânglios linfáticos inchados

Às vezes, o câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos axilares, causando inchaço e sensibilidade nesta região.

Irritação na pele

Em casos avançados, o câncer de mama pode levar à irritação da pele na mama, que se assemelha à casca de uma laranja, devido ao espessamento e à retração da pele.

É importante observar que nem todas as mulheres com câncer de mama apresentam esses sintomas e, em boa parte dos casos, a doença é assintomática. Portanto, a realização de mamografias de rastreamento regulares é fundamental para a detecção precoce, especialmente em mulheres com fatores de risco elevados. 

Se você ou alguém que você conhece apresentar algum desses sintomas, é importante procurar imediatamente a orientação de um profissional de saúde para avaliação e diagnóstico adequados!

Quem teve câncer pode engravidar?


É possível sim, mas a capacidade de uma pessoa que teve câncer engravidar pode depender de vários fatores, incluindo o tipo de câncer, o tratamento recebido, o estado de saúde geral da pessoa e a idade da mesma. Aqui estão alguns pontos importantes a considerar:

  • Tipo de câncer: Alguns tipos de câncer podem afetar diretamente os órgãos reprodutivos e a fertilidade, tornando mais desafiador ou até impossível engravidar. Por exemplo, cânceres que afetam os ovários, o útero ou os testículos podem impactar diretamente a fertilidade.
  • Tratamento quimioterápico: A quimioterapia, um dos pilares fundamentais do tratamento do câncer na atualidade, pode trazer sério prejuízo à fertilidade. Os quimioterápicos são divididos em diferentes classes, e cada uma delas tem um potencial diferente de prejuízo à fertilidade. Esses medicamentos podem depletar de forma abrupta a reserva ovariana. As mulheres nascem com um estoque finito de óvulos, que vão sendo usados ao longo do tempo até o esgotamento. A quimioterapia pode destruir parte dessa reserva de óvulos e antecipar o fim desse estoque. O grau de comprometimento dessa reserva vai depender do tipo de medicamento quimioterápico utilizado e da dose do mesmo. Cada tipo de câncer tem um protocolo específico de medicamentos e doses.
  • Radioterapia: A radioterapia é um outro pilar importante do tratamento de diversos cânceres. A radioterapia, se realizada na região pélvica, onde se localizam os ovários e o útero, pode levar a comprometimento importante da fertilidade. Acometendo os ovários, vai levar à depleção do estoque de óvulos. Acometendo o útero, levará a uma dificuldade de gerar implantação embrionária no futuro. O grau de comprometimento à fertilidade vai depender da dose de irradiação utilizada.
  • Cirurgia: Cirurgias para tratar câncer que acometem os ovários ou útero podem alterar diretamente a fertilidade.
  • Idade da Paciente: A idade da mulher também é um fator importante no impacto à fertilidade. Mulheres mais velhas que fazem quimio e/ou radioterapia podem ter o esgotamento definitivo dessa reserva ovariana pois já tem um estoque mais diminuído, e com isso terão maior chance de terem uma falência ovariana após o término do tratamento.

  • Saúde Reprodutiva: A saúde reprodutiva da pessoa antes, durante e após o tratamento do câncer é fundamental. Se a pessoa estiver saudável e os órgãos reprodutivos não forem afetados, ela pode ter uma chance melhor de engravidar após o tratamento.

Qual a possibilidade de engravidar após o diagnóstico de câncer de mama?

O câncer de mama é o câncer mais comum nas mulheres, e aproximadamente 10% deles ocorre em mulheres abaixo dos 45 anos, ou seja, em idade fértil, com uma taxa de sobrevida em 5 anos de cerca de 90%. 

Os tratamentos para o câncer de mama avançaram muito ao longo dos anos, levando a uma grande sobrevida dessas pacientes. Com isso, surgem outras preocupações, não mais relacionadas ao risco de morte, mas sim à qualidade de vida após a cura. E a fertilidade entra como uma das principais preocupações das mulheres em idade fértil que ainda têm desejo reprodutivo e que sobreviveram ao câncer de mama.

A possibilidade de engravidar após o diagnóstico de câncer de mama é uma questão complexa que envolve uma série de fatores individuais e considerações médicas. Novamente, vai depender fundamentalmente do tipo e doses de drogas quimioterápicas utilizadas e da idade da paciente no início do tratamento. 

Os pilares do tratamento de mulheres com câncer de mama são cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal e terapia biológica. Desses, o grande vilão à fertilidade é a quimioterapia. Dependendo do tipo de droga quimioterápica e da dose utilizada, a reserva ovariana pode ser bastante comprometida. Mulheres abaixo de 35 anos têm maior chance de engravidar quando comparadas a mulheres após os 40 anos, que têm grande chance de entrarem em menopausa após o tratamento quimioterápico. 

É importante destacar então que, embora o tratamento do câncer de mama possa afetar a fertilidade, muitas mulheres conseguem conceber naturalmente e ter uma gravidez saudável após o tratamento, principalmente as mais jovens.

Uma questão importante após o tratamento de quimioterapia diz respeito ao momento para engravidar após um tratamento de câncer. Após o tratamento, geralmente as mulheres permanecem com terapia hormonal por alguns anos. Atualmente, tem se consolidado o conceito de janela de oportunidade cerca de dois anos após o tratamento quimioterápico, mas isso deve ser avaliado com muito cuidado pelo oncologista e mastologista. Essa liberação para engravidar, ter filhos, e depois talvez retomar a terapia hormonal deve acontecer de forma bastante racionalizada e discutida com paciente.

Como dito, a gravidez pode acontecer de forma natural após o tratamento do câncer, mas é difícil prever em quem isso vai acontecer. Felizmente, as técnicas de reprodução assistida vieram para nos auxiliar nesses casos de perda de fertilidade após câncer. Hoje, as técnicas de preservação de fertilidade, com destaque ao congelamento de óvulos e embriões, vieram trazer mais conforto para essas mulheres em idade fértil que querem manter a possibilidade de gravidez no futuro. As mulheres podem congelar seus óvulos antes do tratamento quimioterápico para que eles possam ser usados no futuro, após a cura, se elas não conseguirem mais engravidar. 

Além de que, é crucial ter em mente que cada mulher é única, e as decisões sobre a gravidez após o diagnóstico de câncer de mama devem ser tomadas com base em uma avaliação individualizada. Consultar um oncologista, um especialista em reprodução assistida e outros profissionais de saúde é fundamental para obter a orientação adequada.

agendar consulta

Como uma especialista em congelamento de óvulos pode ajudar pacientes com câncer de mama? 

Um médico especialista em reprodução humana desempenha um papel crucial no processo de planejamento familiar para mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Logo após o diagnóstico, o oncologista ou mastologista deve abordar o tema "Fertilidade" com essa mulher para que ela possa escolher o caminho a seguir. Se ainda tiver desejo reprodutivo, idealmente ela deve ser encaminhada ao médico especialista em Reprodução Assistida para que obtenha mais informações e inicie o tratamento caso essa seja a vontade dela. Geralmente a janela é curta até o início do tratamento quimioterápico, e é nesse curto intervalo de dias que fazemos o tratamento do congelamento de óvulos. São cerca de 12-13 dias entre o início das medicações e a aspiração dos óvulos. Portanto, o encaminhamento rápido e assertivo é fundamental para conseguirmos um bom resultado no tratamento. 

Uma das principais formas de preservar a fertilidade antes de iniciar o tratamento do câncer é por meio da criopreservação de óvulos ou embriões. Este procedimento envolve a coleta e o armazenamento de óvulos maduros ou embriões viáveis para uso futuro em tratamentos de fertilização in vitro (FIV) após a conclusão do tratamento contra o câncer.

Criopreservação de Óvulos:

  • Antes do início do tratamento contra o câncer, a mulher passa por um processo de estimulação ovariana controlada para estimular a produção de múltiplos óvulos. São cerca de 9-11 dias de medicações subcutâneas e orais.
  • Os óvulos são então aspirados dos ovários sob orientação ultrassonográfica, um procedimento que é realizado em ambiente de centro cirúrgico, no laboratório de embriologia, sob sedação. Geralmente essa aspiração acontece entre o 12-14º dia do ciclo.
  • Após a aspiração, os óvulos são criopreservados pela técnica de vitrificação, uma técnica de congelamento rápido, e são mantidos em tanques de nitrogênio. 

Criopreservação de Embriões:

  • Os processos acima são os mesmos, mas no dia da coleta dos óvulos, eles são fertilizados em laboratório com espermatozoide do parceiro ou de um doador.
  • Os embriões resultantes são congelados por vitrificação e colocados em tanques de nitrogênio.
  • No momento adequado, esses embriões podem ser descongelados e transferidos para o útero da mulher, facilitando a gravidez.

Além da criopreservação, a Dra Paula Marin, especialista em reprodução assistida e congelamento de óvulos, também pode oferecer aconselhamento sobre outras opções de preservação de fertilidade, como o congelamento de tecido ovariano.

Ao trabalhar em conjunto com oncologistas, a médica especialista em reprodução humana desempenha um papel fundamental em ajudar as mulheres a navegar pelas complexidades da preservação da fertilidade antes, durante e depois do tratamento do câncer de mama, fornecendo orientação e acompanhamento médico para maximizar as chances de uma futura gravidez bem-sucedida e saudável.

Conclusão

É essencial estar ciente dos sinais indicativos do câncer de mama. A decisão de engravidar após um diagnóstico de câncer é complexa e depende de muitos fatores que devem ser corretamente examinados. É aqui que uma médica especialista em congelamento de óvulos, como a Dra Paula Marin, desempenha um papel fundamental. 

Com técnicas avançadas de criopreservação de óvulos e embriões, oferecemos às nossas pacientes a oportunidade de preservar sua fertilidade, proporcionando esperança e opções para uma futura gestação.

Se você, ou alguém que você conhece, está considerando congelar óvulos após um diagnóstico de câncer de mama, a Dra. Paula Marin é uma especialista em reprodução humana e congelamento de óvulos e pode oferecer suporte e orientação médica adequadas. 

Agende sua consulta hoje mesmo e dê um passo importante na luta contra o câncer em direção ao seu futuro reprodutivo. Não desista do sonho de ser mãe, você não está sozinha!

Quer agendar
a sua consulta?