Tratamento da infertilidade em meio à pandemia
O tratamento da infertilidade, no último ano, foi afetado em cheio pela Covid-19. As pessoas com dificuldades para engravidar que buscavam algum tratamento ou a reprodução assistida tiveram que postergar esse sonho.
Tanto a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), quanto a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) orientaram a suspensão dos tratamentos, no início da pandemia, medida que contou com o apoio e a regulamentação da Anvisa.
Apesar de estarmos, a exemplo de outros países, retomando as atividades de maneira progressiva, é bastante provável que ainda iremos conviver com a presença e os possíveis riscos desse novo vírus por um longo tempo.
E como ficam os tratamentos de reprodução assistida, hoje, com apenas 50% da população brasileira vacinada com duas doses ? Medidas de proteção que possam minimizar o risco de contágio e que permitam que os tratamentos possam retornar gradualmente e com segurança foram adotadas, pois mesmo em uma situação tão preocupante como a pandemia do coronavírus, podemos e devemos continuar a dar atenção aos outros problemas de saúde, como a infertilidade.
A seguir, listamos dúvidas comuns que ainda pairam sobre o tratamento da infertilidade em meio à pandemia. Confira:
Vacinas contra a COVID-19 são recomendadas para tentantes?
Como as vacinas de COVID-19 não são compostas de vírus vivo, não se acredita que causem um risco aumentado de infertilidade, perda no primeiro ou segundo trimestre, natimorto ou anomalias congênitas. A relação risco-benefício favorece a vacinação devido à gravidade do COVID19 e sua capacidade de transmissão facilmente.
Devo tomar medidas para evitar a gravidez durante a pandemia de COVID-19?
As entidades médicas não recomendam evitar a gravidez durante a pandemia. Ao mesmo tempo, também não sugerem que uma gravidez na pandemia seja isenta de riscos. O risco de adquirir o coronavírus no primeiro trimestre não é conhecido e ainda não será conhecido por algum tempo. Sabemos que doenças graves podem levar a complicações na gravidez. Se você já está grávida, é importante tomar todas as precauções possíveis para reduzir o risco de exposição ao coronavírus, seguindo as recomendações atuais das entidades de saúde, como lavar as mãos com sabonete, não tocar seu rosto e praticar o distanciamento social (físico), mesmo já estando vacinada.
Devo atrasar o tratamento de fertilidade até receber a vacina contra a COVID-19?
Não. As entidades médicas não recomendam a retenção da vacina para pacientes que planejam engravidar, que estão grávidas ou amamentando.
Fui diagnosticada com câncer e a quimioterapia é recomendada. Ainda posso tentar congelar meus óvulos ou não devo fazer isso em meio à pandemia?
Deve fazer o tratamento sim. Pessoas que enfrentam uma necessidade urgente de preservação da fertilidade podem prosseguir com o tratamento durante a pandemia.
Se eu ficar doente ou o teste for positivo para COVID-19, quando é seguro engravidar?
A infecção por COVID-19 pode durar semanas. Como as mulheres grávidas apresentam risco aumentado de complicações graves, você pode começar a tentar 10 dias após o início dos sintomas ou após um teste COVID-19 positivo.
Qual é o risco de uma infecção por COVID-19 afetar meu bebê na barriga?
A infecção por COVID-19 pode ser particularmente preocupante para as grávidas, pois podem apresentar maior risco de complicações graves. Embora os efeitos da infecção por COVID-19 durante a gravidez ainda não tenham sido totalmente definidos, incluindo os efeitos da infecção no primeiro trimestre da gravidez, a infecção pode precipitar o parto prematuro e / ou parto. No entanto, recém-nascidos a termo nascidos de mães com infecções ativas por COVID-19 tiveram um bom desempenho.
Com informações da ASRM.