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Tratamentos da reprodução assistida

Tratamentos da reprodução assistida: saiba mais

O mundo da reprodução assistida envolve basicamente três tipos de tratamento: coito programado, inseminação intrauterina e fertilização in vitro. Você conhece a diferença entre eles?

As técnicas de reprodução assistida podem ser divididas em técnicas de baixa complexidade e de alta complexidade.

As técnicas de baixa complexidade são aquelas que aumentam a probabilidade da fecundação in vivo, dentro do organismo da mulher, sem a necessidade de manipulação de óvulos ou de embriões.

As técnicas de alta complexidade são aquelas que envolvem a manipulação de óvulos e de espermatozoides em laboratório.

Portanto, podemos dizer que as técnicas de baixa complexidade compreendem o coito programado e a inseminação intrauterina, e as de alta complexidade compreende a fertilização in vitro (a FIV).

Cada um dos tratamentos tem suas indicações próprias.

Coito programado

O coito programado é o tratamento de mais baixa complexidade dos três. Faz-se ou não uma indução da ovulação ou uma estimulação ovariana leve com medicação por via oral ou via subcutânea. Em alguns casos, por meio do controle de ultrassom, que vai revelar o tamanho do folículo ou dos folículos em crescimento, define-se o melhor momento de se manter uma relação  sexual em casa.

Dessa forma, tentamos aumentar as chances de o óvulo encontrar os espermatozoides nas tubas no momento certo. Mas todo o processo reprodutivo tem que se desenrolar dentro da pelve da mulher. Por isso, as taxas de gestação são mesmo mais baixas, não passando de 15%. O custo não é tão elevado, pois a medicação usada pode até ser via oral e só são necessários acompanhamentos de ultrassom.

Inseminação intrauterina

Na inseminação intrauterina, o processo inicial é semelhante ao do coito programado, promovendo a indução da ovulação ou a estimulação ovariana mais leve.

No entanto, em vez de orientar a relação sexual em casa, pedimos ao casal que vá ao laboratório de embriologia para que o homem faça a coleta do sêmen, que é então centrifugado, preparado, deixando apenas os espermatozoides móveis. Por meio de um cateter, o sêmen preparado é introduzido dentro do útero.

Note que também todo o processo de encontro dos gametas, fecundação e transporte de embrião deve acontecer dentro do corpo da mulher, ou seja, muitas etapas ainda podem dar errado, e é por isso que esse tratamento também não resulta em altas taxas de gravidez, cerca de 20%.

O custo da inseminação é intermediário. Soma-se aí o procedimento de preparo do sêmen dentro do útero e a introdução dele pelo cateter.

FIV

A fertilização in vitro (FIV) é o tratamento em que obtemos os óvulos após uma etapa de estimulação ovariana, promovemos a fertilização com o espermatozoide, o embrião formado então se desenvolve em incubadora em geral por até 5-6 dias, e aí transferimos esse embrião de volta ao útero.

O processo todo é bem mais controlado do que nos tratamentos de baixa complexidade, e como se chega já mais adiante na linha reprodutiva, colocando já um embrião, é esperado que a taxa de gravidez de sucesso seja maior nesse grupo.

Mas engana-se quem pensa que, por colocar o embrião direto no útero, a gravidez já está praticamente garantida. Na realidade, no melhor dos cenários, com uma mulher jovem, abaixo de 35 anos, estamos falando de cerca de 50-60% de taxa de nascido vivo.

Obviamente, por se tratar de um tratamento que envolve medicamentos de alto custo, tecnologia de laboratório, procedimento em sala cirúrgica, o custo é mais elevado.

Importante dizer que a escolha de qual tratamento seguir não é baseada no raciocínio: “ah, eu não quero fazer a FIV, a mais complexa antes, quero começar pelo tratamento de mais baixa complexidade…”.

Cada um dos tratamentos tem suas indicações. Para algumas causas de infertilidade, como fator tubário, por exemplo, apenas a FIV pode ser indicada. Para outros casos, como pacientes com ovários policísticos, mesmo que a paciente queria fazer a FIV, temos que orientá-la que o coito programado é o tratamento indicado para ela.

Enfim, cabe ao especialista em reprodução humana assistida ter essa conversa com o casal, fazer o diagnóstico assertivo e mostrar qual o tratamento mais indicado de acordo com a causa da infertilidade.

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